Papa Francisco morre aos 88 anos em Roma após uma vida dedicada à fé e à justiça social
O mundo católico amanheceu enlutado nesta segunda-feira (21) com a notícia do falecimento do Papa Francisco, aos 88 anos, às 7h35 (horário de Roma), na Casa Santa Marta, residência oficial do pontífice no Vaticano. O anúncio foi feito pelo cardeal Kevin Farrell, Camerlengo da Santa Sé. Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da Igreja, declarou o cardeal, visivelmente emocionado.
Apesar do estado de saúde frágil, agravado nos últimos anos por infecções respiratórias recorrentes e limitações de mobilidade, Francisco apareceu em público pela última vez no domingo (20), quando proferiu sua derradeira bênção Urbi et Orbi da sacada da Basílica de São Pedro. Segundo Farrell, deixou sua última mensagem para a Igreja e o mundo.
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 17 de dezembro de 1936. Filho de imigrantes italianos, formou-se técnico em química antes de seguir a vocação religiosa. Ordenado sacerdote em 1969, tornou-se bispo auxiliar em 1992 e foi nomeado cardeal pelo Papa João Paulo II em 2001. Em março de 2013, após a histórica renúncia de Bento XVI, foi eleito papa — o primeiro das Américas e o primeiro jesuíta a ocupar o trono de Pedro.
Escolheu o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, símbolo de humildade, paz e compromisso com os pobres. Durante seu pontificado, destacou-se pela defesa do meio ambiente, pelo apelo à misericórdia, pelo diálogo entre religiões e pela promoção da inclusão social.
Nos últimos meses, o ritmo de atividades do papa havia sido reduzido por recomendação médica. Passou a usar cadeira de rodas com frequência e limitava seus discursos. Apesar disso, em 2024, declarou que uma possível renúncia era uma hipótese distante, reforçando seu desejo de permanecer à frente da Igreja enquanto se sentisse capaz.
O legado de Francisco será lembrado por sua coragem em reformar estruturas, sua empatia com os marginalizados e sua visão de uma Igreja mais próxima do povo.
